Será que as OTAs ainda valem a pena? Confira uma análise sobre esse modelo de reservas online baseado em problemas recentes enfrentados por grandes nomes do setor.
As OTAs (Online Travel Agencies ou Agências de Viagem Online – em português) representaram uma grande revolução para o mercado de turismo, agrupando em suas plataformas diversas opções de pacotes e hospedagem e facilitando a vida dos consumidores.
Porém, problemas recentes com grandes sites que seguem esse modelo demonstram algumas das fragilidades das OTAs, que podem prejudicar tanto os viajantes quanto os hoteleiros que disponibilizam seus quartos nessas plataformas.
Confira quais são esses problemas, os prejuízos que eles trazem para o setor e como um hotel pode implementar uma gestão que não seja tão dependente das OTAs. Boa leitura!
Antes de responder à pergunta foco desse texto, vamos falar brevemente sobre os problemas enfrentados por 3 grandes OTAs que atuam no Brasil: 123 milhas, Hurb e Booking.
Se você está no dia a dia da gestão hoteleira, provavelmente ouviu falar da recente falta de repasse do valor da reserva para os donos de hospedagens por parte do Booking, ou até mesmo foi afetada por ela;
Antigo Hotel Urbano, o Hurb usa modelos estatísticos e algoritmos que detectam as baixas (ou tendências de) dos preços flutuantes para oferecer pacotes muito mais em conta que as agências convencionais.
Porém, a partir desse modelo a empresa teve problemas tanto com viajantes, que tiveram suas viagens canceladas e remarcadas, e também com hoteleiros que afirmaram não terem sido pagos pela empresa, impossibilitando que eles recebessem os hóspedes que haviam comprado os pacotes do Hurb.
Empresa de compra de milhas que aproveita promoções para vender pacotes e pagar os fornecedores através de milhas compradas.
Nos últimos meses, a 123 milhas começou a vender passagens aéreas e pacotes de viagem em um modalidade denominada de “promo” ou “flexível”, onde um viajante pagava um preço bem abaixo do mercado para viajar dali alguns meses ou até anos sem uma data exata, sendo que as passagens eram emitidas apenas conforme a viagem se aproximava.
A 123 milhas cancelou todos os pacotes dessa modalidades que estavam programados para os meses restantes de 2023, sem oferecer de volta o dinheiro gasto pelos viajantes, apenas vouchers para serem utilizados em seu site.
Os viajantes se prejudicam por não poderem viajar nem ter seu dinheiro de volta. E os hoteleiros se prejudicam duas vezes: ganham um problema que não seria deles com a antipatia dos hóspedes e viajantes que ficam na mão e acumulam também o prejuízo financeiro.
No caso da Hurb, por exemplo, os hotéis deixaram de ser pagos, mas a empresa sequer avisou os viajantes, fazendo com que eles chegassem na hospedagem que havia sido previamente “reservada” pela OTA e se deparando com a notícia de que a estadia não estava paga.
Além dos viajantes e dos hoteleiros, acrescentamos um prejuízo a mais: ao mercado de turismo. As pessoas estão cada vez mais comprando pela internet, e temos percebido que ultimamente, toda vez que uma empresa séria lança uma promoção, os consumidores ficam desconfiados.
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Como você viu, três das principais Agências de Viagem Online tiveram problemas recentemente. Por isso, as OTAs estão deixando de valer a pena.
Essas plataformas têm o mérito de espalharem a cultura da viagem comprada pela internet e conectarem clientes a negócios de turismo e hotelaria, que possivelmente não se conectariam sem elas.
Porém, além destes problemas enormes que todos os modelos de negócios dessas OTAs estão apresentando, elas diminuem muito a margem do hoteleiro.
Se em nossa análise as OTAs não valem mais tanto a pena, o que pode ser feito então para que o hotel não seja tão dependente delas?
A dica principal é fortalecer a comunicação e, consequentemente, os canais diretos de reserva.
No mundo digital, existem muitas formas de se comunicar com os clientes antigos e os seus prospects: e-mail, redes sociais, blogs, WhatsApp e outras ferramentas muito baratas que, se bem usadas, podem levar seu hotel para outro nível de venda.
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A partir de agora, os hotéis precisam se preparar para vender para a geração Z. Esta é a geração que nasceu entre 1995 e 2010. Eles já se tornaram consumidores ativos e dentro suas preferências de mercado, viagens se destacam.
Criar produtos voltados para eles é uma forma de se destacar dentro do mercado, não ficando refém das reservas que vêm a partir das OTAs.
Depender apenas das OTAs é ignorar o potencial que a sua hospedagem pode alcançar através de uma presença virtual sólida.
Se você não quer ficar na mão dessas empresas, preencha o formulário abaixo. A Imbirema Comunicação e Marketing sempre vai ter uma estratégia digital para te colocar lá no topo!